e tenho aqui mais umas muitas notas caóticas sobre o tema, mas não importa. fundamental é mesmo o amor !
terça-feira, 30 de novembro de 2010
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frase do dia
Coincidências raras, responsáveis por manter viva a nossa fé.
Que maré... Vontade nenhuma de dar ré!
sobre o tempo
de outros blogs
trecho
trecho de livro
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
afinal o que querem as mulheres .
domingo, 28 de novembro de 2010
afinal o que querem as mulheres .
afinal o que querem as mulheres .
afinal o que querem as mulheres .
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frase do dia
frase do dia
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
afinal o que querem as mulheres ?
afinal o que querem as mulheres
pelo caio
achados
pequenos diálogos
Blair: Eu segui meu coração ano passado e isso não me levou a lugar algum. Agora eu preciso seguir minha cabeça.
Chuck: Você não precisa escolher entre eles. Olhe para Brad e Angelina. Eles se revezam no topo.
Blair: Sim, mas ela ganhou o Oscar primeiro… Me desculpe, mas eu tenho que ser Blair Waldorf antes de poder ser a namorada de Chuck Bass.
Chuck: Eu te amo.
Blair: Eu também te amo… Eu não espero que você espere.
Chuck: Se duas pessoas estão destinadas a ficar juntas, eventualmente elas encontram seu caminho no final.
Blair: Você realmente acredita nisso?
Chuck: Acredito.
Blair: Então eu também.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
trecho
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afinal o que querem as mulheres .
frase do dia
terça-feira, 23 de novembro de 2010
sem titulo
Ele fora seu primeiro namorado,ela criara todas as expectativas e sonhos que as meninas criam ao sonharem com o seu príncipe encantado. Era o romance que sempre sonhara em ter, era exatamente como um conto de fadas dos dias modernos.
Clarice sabia da fama de mulherengo que seu amado tinha,mas o amor lhe fazia acreditar que ele havia mudado,havia mudado por ela,porque ele dizia estar apaixonado .
Porém um dia acordou desse sonho que acreditara ela que nunca teria um fim, e chegou a tona de que histórias perfeitas com finais felizes realmente só existem em contos de fadas . Eduardo não havia mudado como ela pensara,bastou-se uma curta viagem,algumas festas com velhos amigos para ele voltar a ser como era , ou melhor,ele voltara a ser o que nunca havia deixado de ser . Clarice parecia não acreditar nas barbaridades que as amigas que lhe diziam,aquele não poderia ser o “seu” Eduardo, elas só podiam estar se confundindo, ele nunca faria isso ,porque ele se declarara completamente apaixonado,dizia ter mudado,mas quem poderia provar de que tudo o que ele dizia era realmente verdade ?
E pela primeira vez ela conseguira ver a mentira saindo claramente em suas palavras,ele estava confuso,não sabia bem o que dizer,não estava preparado,ela chegara de surpresa e Clarice então percebera que o que suas amigas haviam lhe contado não havia sido um mal entendido,realmente acontecera,Eduardo havia traído-a ...
Sentiu o chão se abrir,as lágrimas passaram a jorrar em seu rosto diante dele pedindo desculpas desesperadamente,dizendo que precisava se explicar, que aquilo não aconteceria novamente,mas a mágoa era grande demais . Ela não conseguira dizer nada, apenas saiu rua a fora, correndo sem destino . Por fim parou em uma praça,não uma praça qualquer, mas na praça que era denominada deles,porque fora ali que se conheceram,fora ali que ele havia pedido-a em namoro,fora ali que por tantas vezes passaram horas fazendo juras de amor, ali estavam as mais belas recordações dos dois,e em meio a um rio de lágrimas Clarice não conseguia acreditar no que estava acontecendo, não conseguia acreditar que ele havia feito isto, ele dizia amá-la tanto,dizia que ela era a garota dos seus sonhos,e qual garota perdidamente apaixonada não acreditaria nestas palavras ?
Mesmo depois do ocorrido ela não deixara de ir a praça,mesmo ali tendo tantas recordações que doíam no fundo do seu peito,ela gostava de lá . E em um desses dias,sentada,sozinha,quem ela menos esperava que pudesse se sentar ao seu lado chegara, sim ele, Eduardo .
Sentia o mesmo frio na barriga que sentira segundos antes do primeiro beijo deles, mas também sentira uma raiva imensa, a ponto de virar e pular em seu pescoço,xingá-lo dos piores nomes existentes e inexistentes também , mas sabia que se fizesse isto segundos depois cairia sobre seu peito e desabaria a chorar,perguntando por que ele teve de estragar tudo .
Ele tocou seu ombro e ela se afastou .
- Ei, calma,eu não vou te atacar,só queria conversar, saber como você está – Ah,quanta cara de pau não é mesmo ? Ela tinha vontade de soltar mais uma das suas tão irritantes irônicas risadas,mas limitou-se e sentia o medo crescer dentro de si .
- Hm,- Fora apenas isto que respondera,ele se levantou um tanto irritado e rindo disse :
- Você não mudou nada mesmo ein ? Por que você é sempre tão fria ?
Clarice fechara os olhos e contara até dez em pensamento,controlava-se para não cometer nenhuma besteira e com um sorriso amarelo respondeu-lhe :
- Não estou sendo fria,só estou ... cansada...
Puts,que burra pensara,não havia algo melhor a dizer ? Mas agora já tinha dito e ele aproximando-se novamente perguntou:
- Cansada do quê pequena ? – E colocou atrás da orelha dela uma mecha que tampava o seu olho . Ela sentira um frio na espinha e respondera :
- É incrível como cada dia que passa você consegue ficar ainda mais bela – Pronto, era o que bastava para a besteira ser cometida, ele agarrou-a pela cintura e beijou-a . Beijaram-se com saudade,ternura e desejo . Pronto,estava feito,por um momento toda a dor desaparecera e toda aquela felicidade voltara,mas fora apenas por um momento .
Ao chegar em casa não conseguia acreditar no que acontecera,e sentiu toda a dor voltar,e as lágrimas começaram a escorrer,correra para seu quarto,desabou na cama e chorou com a esperança de toda a dor passar .
Pouco tempo depois,quando estava se sentindo melhor ouvira o telefone tocar,atendera sem receio algum,e gelou ao ouvir a voz . Era ele,desculpando-se pelo ocorrido,e pedindo a ela que não interpretasse mal o que acontecera,que era melhor encerrar ali, que ele precisava de um tempo e não queria levar aquilo adiante não naquele momento . Clarice nada respondeu,apenas desligou o telefone e voltou a chorar,como pôde se deixar levar tão facilmente ? Como pôde ?
Horas mais tarde uma amiga resolvera visitá-la para contar-lhe algumas novidades,não fazia ideia do ocorrido . Ao ver o semblante triste da amiga perguntou-lhe :
- Você está bem ?
- Sim .
Então Clarice desatou a chorar . Ela sabia que não,sabia que mais uma vez estava se enganando para tentar sofrer menos,estava se tornando cada vez mais fria e fechada . Esquecer sabia que nunca esqueceria,ele fora seu primeiro amor e dizem que o primeiro amor a gente nunca esquece.
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domingo, 21 de novembro de 2010
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pelo caio
pelo caio
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pelo caio
curtinho
o salto
blog, afinal o que querem as mulheres
Sou seu amigo. Mas rico ri à toa, e eu me sinto vertiginosamente rico porque essas histórias, alegres ou tristes, ela me conta de mãos dadas, junto de mim. Digo-lhe isso; mas não lhe confesso que aprovo e abençôo todas as coisas e pessoas que povoaram seu passado e tenho vontade de dizer:
“Benditos teu pai e tua mãe; benditos os que te amaram e os que te maltrataram; bendito o artista que adorou e te possuiu, e o pintor que te pintou nua, e o bêbedo de rua que te assustou, e o mendigo que disse uma palavra obscena; bendita a amiga que te salvou e bendita a amiga que te traiu; e o amigo de teu pai que te fitava com concupiscência quando ainda eras menina; e a corrente do mar que te ia arrastando; e o cão que uivava a noite inteira e não te deixou dormir; e o pássaro que amanheceu cantando em tua janela; e a insensata atriz inglesa que de repente te beijou na boca; e o desconhecido que passou em um trem e te acenou adeus; e teu medo e teu remorso a primeira vez que traíste alguém; e a volúpia com que o fizeste; e a firme determinação, e o cinismo tranqüilo, e o tédio; e a mulher anônima que te vociferou insultos pelo telefone; e a conquista de ti por ti mesma, para ti mesma; e os intrigantes do bairro que tentaram te envolver em suas teias escuras; e a porta que se abriu de repente sobre o mar; e a velhinha de preto que ao te ver passar disse: “moça linda…”; bendita a chuva que tombou de súbito em teu caminho, e bendito o raio que fez saltar teu cavalo, e o mormaço que te fez inquieta e aborrecida, e a lua que te surpreendeu nos braços de um homem escuro entre as grandes árvores azuis. Bendito seja todo o teu passado, porque ele te fez como tu és e te trouxe até mim. Bendita sejas tu.”
Livia,
com amor,
André
por eles !
É de dar vergonha tanto amor. É latifúndio coronário, monocultura cardíaca – como um país inteiro plantado aos pés dela. O delírio repetindo igualzinho. Você me emociona. Parece feita de terra. Tudo é verdade começando por você, quando você se coloca na frente – como se a janela compreendesse a moldura e a paisagem, então, onde quer que você a coloque, terá sempre a mesma visão. Promete que entende tudo o que eu digo? E por detrás desse jeito de menina selvagem, mas menina, mas selvagem, vê-se o vulcão. Por isso ao seu lado faz calor. Por mim o mundo não vivia. O mundo pode espernear à vontade. Eu ainda vou fazer uma canção pra você. Vou apontar e te dizer, “olha que lindo!” e você vai sorrir pra mim, olhando nos meus olhos sem nem se importar com o que eu estou apontando. Você é a coisa mais bonita que eu já vi. Você e o mar, mas o mar é mulher e mulher só você. Essa frase é da nossa canção. Quero te ver feliz. Matar e morrer com você pra você por você. Em um dos nossos primeiros encontros te dei um livro. Queria te mostrar como é violento você existir. Meu olho dói quanto te vê. Pensei em comprar um machado, um guindaste, um viaduto. Vou te morder os dentes. Pensa em mim pra eu existir. Eu poderia passar o resto da vida acreditando em você e te dizendo “vai…”, “vai lá ver como é…”. Não comprei machado, nem bigorna ou trator, mas te dei o livro. Te dei o livro e escrevi no fim desse texto:
A MULHER E SEU PASSADO
- Rubem Braga em A Traição das Elegantes
Ela conta a história de uma freira que a atormentava no internato em seu tempo de menina; de um homem que a fez viver longamente entre o desespero e o tédio, a revolta e a humilhação. E fica meio magoada porque a tudo eu sorrio, porque eu não pareço participar do sentimento com que ela fala contra essa gente que passou. Afinal ela também sorri: “Você é meu amigo ou amigo da onça?”
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
pequenos diálogos
pelo caio
frase do dia
da tati
trechos
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
meu coração
Meu coração é um sapo rajado, viscoso e cansado, à espera do beijo prometido capaz de transformá-lo em príncipe.
Meu coração é um álbum de retratos tão antigos que suas faces mal se adivinham. Roídas de traça, amareladas de tempo, faces desfeitas, imóveis, cristalizadas em poses rígidas para o fotógrafo invisível. Este apertava os olhos quando sorria. Aquela tinha um jeito peculiar de inclinar a cabeça. Eu viro as folhas, o pó resta nos dedos, o vento sopra.
Meu coração é um mendigo mais faminto da rua mais miserável.Meu coração é um ideograma desenhado a tinta lavável em papel de seda onde caiu uma gota d’água. Olhado assim, de cima, pode ser Wu Wang, a Inocência. Mas tão manchado que talvez seja Ming I, o Obscurecimento da Luz. Ou qualquer um, ou qualquer outro: indecifrável.
Meu coração não tem forma, apenas som. Um noturno de Chopin (será o número 5?) em que Jim Morrison colocou uma letra falando em morte, desejo e desamparo, gravado por uma banda punk. Couro negro, prego e piano.
Meu coração é um bordel gótico em cujos quartos prostituem-se ninfetas decaídas, cafetões sensuais, deusas lésbicas, anões tarados, michês baratos, centauros gays e virgens loucas de todos os sexos.
Meu coração é um traço seco. Vertical, pós-moderno, coloridíssimo de neon, gravado em fundo preto. Puro artifício, definitivo.
Meu coração é um entardecer de verão, numa cidadezinha à beira-mar. A brisa sopra, saiu a primeira estrela. Há moças na janela, rapazes pela praça, tules violetas sobre os montes onde o sol se p6os. A lua cheia brotou do mar. Os apaixonados suspiram. E se apaixonam ainda mais.
Meu coração é um anjo de pedra de asa quebrada.
Meu coração é um bar de uma única mesa, debruçado sobre a qual um único bêbado bebe um único copo de bourbon, contemplado por um único garçom. Ao fundo, Tom Waits geme um único verso arranhado. Rouco, louco.Meu coração é um sorvete colorido de todas as cores, é saboroso de todos os sabores. Quem dele provar, será feliz para sempre.
Meu coração é uma sala inglesa com paredes cobertas por papel de florzinhas miúdas. Lareira acesa, poltronas fundas, macias, quadros com gramados verdes e casas pacíficas cobertas de hera. Sobre a renda branca da toalha de mesa, o chá repousa em porcelana da China. No livro aberto ao lado, alguém sublinhou um verso de Sylvia Plath: "Im too pure for you or anyone". Não há ninguém nessa sala de janelas fechadas.
Meu coração é um filme noir projetado num cinema de quinta categoria. A platéia joga pipoca na tela e vaia a história cheia de clichês.
Meu coração é um deserto nuclear varrido por ventos radiativos.
Meu coração é um cálice de cristal puríssimo transbordante de licor de strega. Flambado, dourado. Pode-se ter visões, anunciações, pressentimentos, ver rostos e paisagens dançando nessa chama azul de ouro.
Meu coração é o laboratório de um cientista louco varrido, criando sem parar Frankensteins monstruosos que sempre acabam destruindo tudo.
Meu coração é uma planta carnívora morta de fome. Meu coração é uma velha carpideira portuguesa, coberta de preto, cantando um fado lento e cheia de gemidos - ai de mim! ai, ai de mim!
Meu coração é um poço de mel, no centro de um jardim encantado, alimentando beija-flores que, depois de prová-lo, transformam-se magicamente em cavalos brancos alados que voam para longe, em direção à estrela Veja. Levam junto quem me ama, me levam junto também.Faquir involuntário, cascata de champanha, púrpura rosa do Cairo, sapato de sola furada, verso de Mário Quintana, vitrina vazia, navalha afiada, figo maduro, papel crepom, cão uivando pra lua, ruína, simulacro, varinha de incenso.
Acesa, aceso - vasto, vivo: meu coração é teu
sábado, 13 de novembro de 2010
grey's anatomy
O que é pior, novas feridas que são horrivelmente dolorosas ou velhas feridas que deviam ter sarado anos atrás mas nunca o fizeram? Talvez velhas feridas nos ensinem algo. Elas nos lembram onde estivemos e o que superamos. Nos ensinam lições sobre o que evitar no futuro. É como gostamos de pensar. Mas não é o que acontece, é? Algumas coisas nós apenas temos que aprender de novo, e de novo, e de novo.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
grey's anatomy
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
eu nao sou cachorro não
Se meu coração não se emociona mais, fiquei me perguntando o que eu estava fazendo ali.
Se não sonho mais, não planejo mais, não desejo mais, não espero mais nada, o que eu estava fazendo ali?
Não te amo mais, queria dizer a ele, pela primeira vez, sem esperar que ele sofresse com isso. Sempre quis que ele sofresse com o dia em que eu não o amasse mais. Mas justamente porque eu não o amo mais, nem quero mais que ele sofra. Aliás, não quero mais nada. Só ir embora.
Eu só queria ir embora. Então, por que eu simplesmente não ia embora? Por que eu continuava obedecendo os comandos do meu ex-dono, sendo que ele não é mais dono nem do meu dedinho do pé que tem a unha mais curta?
Claro que sobrou um carinho, uma amizade, uma graça. O mesmo que tenho pelo resto da humanidade que julgo digno de alguns minutos do meu tempo. Mas tudo aquilo, meu Deus, tudo aquilo que era maior do que eu mesma, maior do que o mundo, que me soterrava, que me transportava pra outra realidade, que fazia meu corpo inteiro doer tanto de tanto sangue inchado que passava por ele, tudo aquilo, nossa, acabou. Já era. Então, por quê? Porque eu não dizia simplesmente que tinha ido lá rapidinho pra saber como estavam as coisas, coisas que amigos fazem, e vazava? Por que raios eu não ia embora?
Quero namorar esse homem? Não. Quero casar, ter filhos, envelhecer ao lado dele? Não mais. Nunca mais. Quero transar com ele, ainda que daquele jeito errado em que minha solidão procura um abraço e a solidão dele procura uma sacanagem? Não. Nem a pau. Quero reviver uma memória pra me sentir viva, emprestar uma alegria pura do passado? Não, tô fora de continuar sempre no mesmo lugar, me roubando minhas próprias histórias.
Quero lamentar a falta de um beijo inteiro, um abraço de verdade, um carinho sem medo e uma atenção entregue sem nenhum egoísmo? Não. Não quero mais mudar ou fantasiar ninguém. Deixa o mundo ser como é. Deixa ele ser como ele é.
O que eu queria, que era jogar uma conversa fora com uma pessoa que me conhece tão bem e que eu conheço tão bem e essas coisas, eu já tinha conseguido. Matar o tempo, rir da alma. E só. Coisa de no máximo uma hora, ou duas se eu pudesse beber vinho. Eu já podia ir embora. Mas não conseguia. Por quê?
Quando ele finalmente parou de falar e querer coisas como uma criança de cinco anos que ta pouco se lixando se você tem ou não como lhe dar aquelas coisas e se lhe dar aquelas coisas vai ou não complicar sua vida, o silêncio me contou um segredo que há muito tempo eu já desconfiava: a mente é burra.
Minha mente é burra. Quando minha mãe grita, mesmo ela sendo uma senhorinha fofa e eu tendo o dobro do tamanho dela, sinto um medo absurdo, como se eu ainda fosse aquele menininha de maria-chiquinha. É o sininho do Pavlov, que fazia o cachorro babar por comida mesmo que não estivesse mais com fome. A mente é automática, viciada, comandada, acostumada, burra.
Quando entro no avião pra ir pro Rio de Janeiro, mesmo eu tendo quase trinta anos nas costas e milhas de graça pra ir pra Nova Zelândia de tanto que já fui ao Rio, minha mente está congelada na menina de maria-chiquinha, que tinha medo de ficar longe da mãe, ainda que morresse de medo dos gritos dela. E de novo sinto um medo filho da puta.
E é por isso que quando ele, a pessoa que eu mais amei no mundo pois amei sem os bloqueios e sem a amargura que veio depois de tanto amor, me pede pra ficar, eu fico. Se alguma química idiota do meu cérebro obedeceu aquela voz por anos, por que haveria de parar de obedecer agora só porque o resto todo do corpo já não sente mais nada?
Mas ontem, quando finalmente peguei minha bolsa e fui embora e senti um alivio imenso de sair dali, eu combinei com a minha mente que ela não manda mais porra nenhuma. Chega de ser comandada pela parte mais “xucra” e sem alma da minha existência. Chega.
Quem manda aqui é o mesmo peito que me jogou pra fora daquela casa e daquela situação que sempre só me fez tanto mal e só me levou coisas tão bonitas.
Não quero mais as minhas repetições seguras e infelizes. Ainda que encarar um coração vazio seja mais assustador do que mãe brava, cidades estranhas e amores eternos que acabam.
frase do dia
Need You Now - Lady Antebellum
Preciso de Você Agora
trecho
prece
Que a paixão se transforme em qualquer coisa que pareça com paz, mas não com cansaço. Que a gente não faça planos e ainda assim consiga realizar cada um dos sonhos não planejados. Que nós tenhamos a nossa casa e que ela não seja luxuosa, apenas aconchegante, porque luxo acomoda e aconchego dá força para mais um dia. E que também tenhamos filhos, porque todo homem quer um filho da mulher que ama e toda mulher deseja, mesmo que em segredo ser mãe.
Que a gente pare com essa mania infantil de dar um passo no caminho certo e dez rumo a um caminho que não é nosso, e que comece a andar pra frente sem questionar o que ficou pra trás. Que ele seja pra mim tudo o que tem sido até hoje para sempre e que eu jamais me permita ter dúvidas porque amor mesmo é feito de certeza. Que nada nos falte, mas que também não sobre, todo excesso faz mal e toda falta se transforma em vazio.
Que ele não me permita esquecer em nenhum momento o motivo de estarmos juntos e que eu jamais o deixe pensar que foi em vão. Que a paciência seja exercida diariamente por mim e também por você pra que a gente nunca profira ofensas e nem deixe a raiva falar mais alto que o carinho e o respeito. Que a indecisão não faça parte dos nossos dias e que o medo não nos atormente nem em pesadelos.
Que a gente tenha tudo o que precisa pra ser feliz, mas que saiba ser feliz com bem pouco. Que a gente se transforme em uma energia, força ou qualquer coisa bem leve e que todo esse amor seja enfim compensado.
Amém!
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Marry Me - Train
Case comigo