Você chegou estufando o peito, coisa de mulher insegura, e ao invés de eu perceber seus maravilhosos seios (coisa que por sorte percebi depois) fiquei apenas me perguntando como uma mulher como você poderia ser insegura. Você não me engana, falando alto, pisando firme, sorrindo certa e tendo respostas para tudo, você não me engana quando seus olhos se perdem ao longe e você deseja mais do que tudo ser outra e não sentir mais essa dor. Me apaixonei, perdidamente, não pelo seu decote e nem pelas suas piadas confiantes e enturmadas, me apaixonei exatamente pelo seu olhar de dor. Aquele que você lançou, quando ninguém percebia e tampouco esperava, para o chão, e estralou de leve o pescoço, e esfregou os olhos. A gigante dor que você carrega, mesmo num corpo tão magro e numa alma tão divertida, é o que fez de você a melhor mulher daquela festa. Você é humana e diferente dessa gente robô programada para não sofrer
M.F sobre Tati Bernardi
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